Torrijas, monas de Pascua, pestiños… Os amantes dos doces sazonais estão com sorte na Páscoa, quando uma infinidade de doces requintados se abre diante de nossos olhos.

A Semana Santa é uma celebração religiosa da fé cristã que se realiza todos os anos e que relembra a “Paixão de Cristo”, e é nestas datas que se pede um jejum obrigatório para honrar os sacrifícios de uma das figuras-chave desta religião.

Por isso é estranho pensar que ao limitar o consumo de carnes, principalmente na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, quando o jejum tinha que ser mantido praticamente o dia inteiro em que só se podia comer um lanche, as sobremesas ou doces fossem de grande importância nestas datas, que se tornaram parte fundamental da tradição espanhola.

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Torrija

Esta sobremesa era muito comum nas tabernas de Madrid no início do século XX, embora também tenha se tornado um dos doces por excelência da Semana Santa na Espanha, as torrijas ou torrejas também são conhecidas como torradas ou pão francês, uma sobremesa humilde que requer apenas pão (que você mesmo pode assar), leite, ovo e açúcar, e que qualquer um pode fazer em casa.

Hoje o amor pelas torrijas é enorme e metade dos restaurantes da Espanha as tem em seu cardápio ao longo do ano, em infinitas variações.

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Monas de Pascua  

A mona de Pascua é uma sobremesa com longa tradição em todo o Levante e, como o próprio nome sugere, é consumida no final da Quaresma. Tradicionalmente, o padrinho entrega a mona ao afilhado no domingo de Páscoa, após a missa. Na segunda-feira de Páscoa, aliás, é tradição que duas ou três famílias ou um grupo de amigos se reúnam e vão a algum lugar comer a mona juntos.

Esta sobremesa consiste num grande pão no qual se coloca regularmente um ovo de Páscoa e é um dos rituais mais tradicionais da Semana Santa, especialmente na Catalunha, Múrcia e Valência. O nome de mona vem de munna ou mouna, uma palavra árabe que significa “provisão da boca” e que é um presente que os muçulmanos deram aos seus senhores.

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Buñuelos

Talvez os mais tradicionais desta época sejam os buñuelos de quaresma que se diferenciam dos demais por a massa ser aromatizada com vinho branco, a raspa de alguns grãos cítricos e anis ou matalahúga. No entanto, os clássicos bolinhos de vento também são consumidos, e existem muitas variações.

Há anos é tradição consumir bolinhos nesta época do ano, principalmente às quartas e sextas-feiras. O saber popular contextualiza essa tradição na necessidade de adoçar os dias para que a penitência seja mais suportável.

A origem dos buñuelos parece estar na gastronomia mourisca de Al-Àndalus. Por volta do século XVI, a população preparava receitas de origem árabe, como os bolinhos de hidromel: um mingau em forma de bolinho frito em óleo e depois adoçado com mel. Seja como for, este tipo de receita evoluiu para os bolinhos tradicionais de hoje, como os da Quaresma ou os de l’Empordà.

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Pestiño  

Este é um doce típico da Páscoa e do Natal em Espanha, especialmente em Andaluzia, e é uma espécie de rosquinha quadrada, dobrada ao meio em dois dos seus cantos para formar um laço, feita com farinha que é frita em azeite e banhada com mel.

As origens desta sobremesa estão ligadas às celebrações religiosas da Páscoa judaica, mas tornou-se tão popular na Espanha que foi incorporada não apenas à gastronomia, mas também ao repertório culinário da literatura espanhola.

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Rubiols 

Esta receita típica da Páscoa de origem maiorquina pode ser encontrada no resto das ilhas do arquipélago das Baleares e durante todo o ano. Consiste em um pedaço fino de pasta de farinha, misturada com óleo, manteiga e ovo, dobrada em forma semicircular e recheada com requeijão, geleia ou outros doces.

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Flores Fritas  

Também chamada de flor de lis, floreta, florón, hojuela ou flor de Páscoa, é uma das sobremesas emblemáticas da Semana Santa na Espanha, especialmente durante o carnaval da Quaresma. Eles têm esse nome por causa da forma de flor que o buñuelo assume, o que é possível graças a um molde de ferro feito com essa figura.

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Borrachuelos Malagueños   

O doce mais típico de Málaga na Páscoa caracteriza-se por ter uma massa muito semelhante à do pestiño, mas embebida em vinho, daí o seu nome. Os clássicos “borrachuelos” de Málaga são recheados com cabelo de anjo.

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